Estar pronto a sair
Sempre em movimento
O que eu andei para aqui chegar
O que me falta para partir
Andando vou com o vento
Em rasante voo sem nunca levantar
Fazendo cuidado para não cair.
Tenho em mim a cor da saudade
O peso da árvore tombada
Na pele os sulcos de um arado
Onde semeio a escondida verdade
Diluída em mentira que de muito falada
Faz lei em pensamento acorrentado.
Transporto a vida em meus frágeis braços
Ao encontro com uma nova vida
Perseguido por tenaz tentação
De me deter num labirinto de laços
Que me oferecem sua guarida
Em troca da minha escravidão.
Sem comentários:
Enviar um comentário