sábado, 26 de dezembro de 2015

Olhar para ver

Ver os teus olhos sorrindo
Alegra-me o coração
É a forma mais querida
De ter sempre em minha vida
O calor de tua mão.

O jeito de meu viver
Não tem grande sabedoria
Mas consegue testemunhar
A melhor forma de estar
No que faço dia a dia.

Sabendo que tudo acaba
Num tempo que não tem fim
Eu quero enquanto durar
Contigo puder partilhar
O amor que há em mim.

Por cada novo dia que vejo
É a Deus que agradeço
O bem que me é concedido
Por tudo quanto vivido
Mesmo aquilo que não mereço.

Olho a noite e vejo brilhar
O que julgo ser uma estrela
Avanço com sua luz
Num caminho que me conduz
Numa senda sempre bela.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Luz do Natal

Se as estrelas que no céu brilham
Fizessem luz no meu coração
O Natal alumiaria o mundo
Na vida de cada irmão

Depois do caminho feito
Em que das trevas se fez luz
Entra o amor em meu peito
Se dou entrada a Jesus

Vivendo hoje o Natal
Num sorriso franco de criança
Dou outro sentido à vida
No alento da minha esperança

Na figura de um menino
Na humildade transmitida
Jesus quer ficar no mundo
Fazer parte da minha vida

Tocam sinos dando sinal
Em Belém nasceu Jesus
Na alegria do Natal
Brilhou uma nova Luz.

Natal 2015

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Por ser Natal

(Ao certo não sei que tempo tem, foi crónico de um dos muitos “5 Sentidos”)

                                                            Por ser Natal

Fazer antevisão nunca foi muito o meu forte (salvo raras excepções), por isso deixo essa “grande arte” para os analistas políticos, comentadores de futebol, ou videntes de fim-de-ano.
Aquilo que eu, mesmo desajeitadamente, gosto de fazer é falar de factos consumados.
E por que se calhar para muitos o Natal passa a correr é tempo de fazer balanço, do constatar das virtudes de mais uma festa que se pretende de alegria, mas que não é mais que consumismo e consumição.
De uma altura que se pretende de paz, mas que só traz alvoroço, desespero e frustração.
De uma época rica quando se busca o essencial, que robustece a vida e nos deveria impelir a uma contagiante alegria, e o que se vê são pessoas tristes, entediantes que mais parecem guarda-chuvas sem varetas. Mas isto do Natal vai mudar, e porque mais fundo não pode bater, a tendência é para melhor, e para melhorar podemos começar por agradecer a Deus o termos vivido mais um ano, o olharmos à volta da mesa e podermos dizer: “felizmente continuamos todos”, e depois vivam as prendas, viva o preparar da mesa, viva tudo o que o Natal merece.
E porque o Natal é nascimento, para melhor o vivermos, deixemos nascer em nós a vontade e o compromisso de procurar o verdadeiro Natal onde ele está.
Começar por onde? Pelas ruas iluminadas das cidades?
Nas luzinhas multicores dos beirais e varandas das nossas casas?
No “apinhamento” dos hipermercados?
Nas filas intermináveis de trânsito que nos levam às compras?
Não, se calhar por aí nunca encontraremos o Natal sério e verdadeiro. Penso que sem andar muito o encontraria por certo no vizinho que precisa da minha ajuda, no doente que me custa a entender, no riso puro de uma criança, no bom ambiente que posso promover no meu lar, na minha família, nos grupos em que me insiro, no abrir da minha mão que tem pouco, mas que poderá repartir com aquele que tem menos. Enfim, porque sei que isso se pode fazer, acredito que o Natal pode ser diferente daquilo que eu faço e vivo. Porque Deus colocou o Seu Filho no meu mundo, eu acredito que este mundo vai melhorar, por isso eu também, e só no assumir desta realidade o Natal pode ser vivido hoje, e amanhã continuar a ser Natal.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Pingos de beleza

A beleza acampou à chuva
Mesmo molhada é linda
Se a beleza não se mostra
Nunca termina a noite
Se for iluminada pelo sol
A beleza refulge melhor
Se a chuva se abrigar
Mesmo ao relento a beleza vai continuar
Se a beleza se esconder
A chuva não vai parar
Se não surgir o rei sol
A negra noite não terá fim
E a chuva cairá dentro de mim.