Quando a vida chega ao fim,
pode ter-se a sensação de que uma batalha foi ganha, pela luta que se travou
durante a vida.
A resistência constante às
vicissitudes que sufocam, o dizer não ao facilitismo reinante, o manter-se
firme no ser mulher/homem numa entrega total à família ao trabalho, o viver em
comunidade, são atitudes que dizem dos valores postos na luta que se venceu,
mas que podem não ser o garante de um clima de paz, para aqueles que ficam do
lado de cá.
Há guerras que só se declaram,
depois da luta que alguém travou e da qual saiu vencedor. Acontece esta guerra porque
eu, tu e o outro, não tomamos a necessária consciência de que de um dia para o
outro, a nossa batalha também acaba, sem sermos nós os vencedores, porque as
“armas”utilizadas nunca nos permitiriam uma vitória.
Viver em estado de constante
guerrilha é puro terrorismo, mesmo que as “bombas” lançadas, sejam só o som que
a minha língua me permite produzir, ou a facção conspiratória da qual faço
parte.
Fazer uma guerra surda em que
a principal arma é o diz que diz, é falta de respeito para quem pretende vencer
a sua batalha sem fazer a guerra.
A nossa sociedade tem muito
pouco de Deus, há sim uma outra força que não vem do Alto, mas do poder das
trevas, que impera em muitos corações.
São graves as consequências
da falta de amor e compreensão que se vão vivendo no nosso meio familiar,
social e comunitário.
«Se vivemos pelo Espírito,
andemos também de acordo com o Espírito».
Adverte-nos S.Paulo. «Nada de
provocações, nada de invejas entre vós.
Se vos mordeis e devorais,
vede que não acabeis por vos destruirdes uns aos outros».
Há batalhas que se devem
enfrentar, mas há guerras que em nada compensam. Porque…
“Numa guerra nunca há
vencedores.”