Os ramos da
existência
São agitados
por fortes ventos
Oscila
perigosamente
A árvore que
me fiz
As raízes
fragilizadas cedem
As folhas que
caiem
Choram
pisadas pelo tempo
A intempérie
acampou em mim
Buscando a guarida
que não sou
Meu corpo é
permeável tenda
Que pouco
abriga
Só no meu
querer ainda mora
Uma réstia
de alento protetor
Que calo
assustadoramente
Num ruído
que enlouquece
O aroma a
fogo queima o pensamento
O negro do
céu é fumo pestilento
O ar inalado
chamusca a alma
Abrasando as
entranhas
Desta árvore
que vai sendo carcomida
Sempre em
busca de se firmar
Ao que a
pode manter de pé