quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Vida parada

 

Pensei em falar-te

Mas emudeci

Pensava ver-te

Mas não te vi

Recebi o convite

E recusei

O caminho era em frente

Mas eu recuei

A porta ficou aberta

Eu não entrei

Tu és a vida

Escolhi morrer

És salvação

Prefiro sofrer

Marquei encontro

Não compareci

Estagnei

Fiquei por aqui.

 

 

 

 

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Namoro Eterno

(Namorar contigo, amar e ser feliz)
 
Quando te conheci logo te amei
Fomos namorados contigo casei
Contigo a felicidade é real
O amor é luz brilhante
És a esposa ideal
És namorada constante
Se a água da fonte é pura
Todos a podem beber
Tu és a minha nascente
A mãe do amor a crescer
Muito te quero
E para sempre te quero amar
Namorar contigo eternamente
E sempre a teu lado caminhar.

 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Fragilidades

 

 

Assim é o amor

Frágil

Como criança recém-nascida

Deve ser cuidado com carinho

Esmero

Leveza no tocar

Sem arranhar para não ferir

Bem alimentar para crescer

Florir

Entrega sem cobrança

Dar-se por inteiro

Na necessidade ser primeiro

Dar a mão

Na fragilidade não vista

Ao primeiro olhar

Na doença que não se nota

Só a vê quem a toca

Quem reconhece quem sofre

Quem vive a fragilidade da doença

O que bem trata porque é cuidador

Lida com um ser frágil

Sofre com o sofrimento

Com a dor

Com a fragilidade

Porque assim é o amor.

 

 

 

 

                                                                                                                          (Dia mundial do doente)

 

 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

A força na fragilidade consciente

 

Os ramos da existência

São agitados por fortes ventos

Oscila perigosamente

A árvore que me fiz

As raízes fragilizadas cedem

As folhas que caiem

Choram pisadas pelo tempo

A intempérie acampou em mim

Buscando a guarida que não sou

Meu corpo é permeável tenda

Que pouco abriga

Só no meu querer ainda mora

Uma réstia de alento protetor

Que calo assustadoramente

Num ruído que enlouquece

O aroma a fogo queima o pensamento

O negro do céu é fumo pestilento

O ar inalado chamusca a alma

Abrasando as entranhas

Desta árvore que vai sendo carcomida

Sempre em busca de se firmar

Ao que a pode manter de pé