O algodão não engana
Se for usado limpo
As palavras nunca ferem
Se o pensamento é reto
O olhar nunca faz mossa
Se o coração transborda amor
A cólera é sempre contida
Se o perdão prevalece
Até a noite finda
Se o sol nos visita
As nuvens também se afastam
Se o carinho pairar
A tempestade tende a amainar
Se a alegria surgir
O coração melhor respira
Se o amor é oxigênio
O espelho é sempre fiel
Se a alma é transparente
A vida é sempre vivida
Se eu quero vive-la.
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
sábado, 18 de novembro de 2017
Procurando saída
Foi no encontro que me perdi
No que fui perdendo é que achei
A firme vontade de percorrer correndo
Um caminho que não sabia sem saída
Em buraco estreito e escuro
Sem pretender ofuscar a visão
Com a luz ao fundo do túnel
Que tarda em surgir
Fazendo-me tatear
Na humidade pedregosa
Dos lados frios da vida
Em que refreia a esperança
E os passos colam no medo
Do lodoso e lento pensar
Em que as trevas são alimento
Numa mesa de mentira
Mastigando desalento
No saciar da fome de rumo
Sem certezas no caminho
Que revelam tênue luz
Mas o final do túnel
Ainda não foi alcançado.
No que fui perdendo é que achei
A firme vontade de percorrer correndo
Um caminho que não sabia sem saída
Em buraco estreito e escuro
Sem pretender ofuscar a visão
Com a luz ao fundo do túnel
Que tarda em surgir
Fazendo-me tatear
Na humidade pedregosa
Dos lados frios da vida
Em que refreia a esperança
E os passos colam no medo
Do lodoso e lento pensar
Em que as trevas são alimento
Numa mesa de mentira
Mastigando desalento
No saciar da fome de rumo
Sem certezas no caminho
Que revelam tênue luz
Mas o final do túnel
Ainda não foi alcançado.
sábado, 11 de novembro de 2017
Questão de posição
Nas costas da morte
Vou forçando a vida.
Por vezes viver custa
Mas enfrentar aquela
Que por ora está de costas
Deve custar mais, suponho.
Morrer para algo em vida
Também dói
Mas após a dor vem a alegria
Da vitória do empenho.
Pior é viver estando morto
Morto de fome, de cansaço, de medo.
Fome de justiça
Cansaço da luta
Medo da vida.
Vivendo menosprezando a vida
É morrer a destempo.
Eu por enquanto
Vou forçando a vida
Vivendo nas costas da morte.
Vou forçando a vida.
Por vezes viver custa
Mas enfrentar aquela
Que por ora está de costas
Deve custar mais, suponho.
Morrer para algo em vida
Também dói
Mas após a dor vem a alegria
Da vitória do empenho.
Pior é viver estando morto
Morto de fome, de cansaço, de medo.
Fome de justiça
Cansaço da luta
Medo da vida.
Vivendo menosprezando a vida
É morrer a destempo.
Eu por enquanto
Vou forçando a vida
Vivendo nas costas da morte.
sábado, 4 de novembro de 2017
O amor fica
Morremos porque nascemos
Sentimos porque existimos
Partimos porque chegamos
Sofremos porque amamos
Viemos ao mundo
A este nómada acampamento
Em que a vida
A nossa tenda terrestre
Montada por imprevisível tempo
Não resiste a todas as investidas
Ventos e temporais a vão desgastando
E pondo fim à sua impermeabilização
Rasgam-na sem piedade
Até a tenda
A vida no acampamento
Ruir
Mas a vida não vai parar
Porque…
“ Aqueles que passam por nós
Não vão sós
Não nos deixam sós.
Deixam um pouco de si
Levam um pouco de nós”
(Saint Exupery)
Sentimos porque existimos
Partimos porque chegamos
Sofremos porque amamos
Viemos ao mundo
A este nómada acampamento
Em que a vida
A nossa tenda terrestre
Montada por imprevisível tempo
Não resiste a todas as investidas
Ventos e temporais a vão desgastando
E pondo fim à sua impermeabilização
Rasgam-na sem piedade
Até a tenda
A vida no acampamento
Ruir
Mas a vida não vai parar
Porque…
“ Aqueles que passam por nós
Não vão sós
Não nos deixam sós.
Deixam um pouco de si
Levam um pouco de nós”
(Saint Exupery)
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