sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A quem sirva

Quem não te quer
Não te merece
Nunca te amou
Por isso esquece
Foste bibelô na sua mão
Fino joguete
Brinquedo de estimação
Posto de lado
Quando outro adquirido
De peito aberto
Foste atingido
Cabeça erguida
Embaraço não deve ser teu
Quem não te quer
Não te mereceu.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Saber-se pequenino

Vi o nascer do dia
Senti a vida.
Olhei o sol
Sonhei o mundo.
No riso lindo de criança
Fundei a paz.
Lembrando seu sorriso
Saudei o dia.
Pegando em sua mão
Caminhei na vida.
Ouvindo suas histórias
Entrei no mundo.
Embebido em simplicidade
Saciei meu ser de paz.
Porque esse é meu desejo
Essa é minha necessidade
Viver como criança
Sorrir mesmo sem vontade.
E mesmo que venha a tristeza
Poder cantar
Sentindo a alegria
Poder chorar
Sem ter medo da partida
E quando vir nascer o dia
Lembrar a vida.

domingo, 4 de setembro de 2016

Ricochete mortífero

O estampido soou
Foi premido o gatilho
Eu não estava na mira da arma
O tiro nem me foi dirigido
Mas quando a bala faz ricochete
Posso bem ser atingido
Posso até morrer
Se estou na linha de fogo
No cenário da contenda.

Hoje vive-se com a arma carregada
Pronta a disparar
Sem pensar nos danos colaterais.
Não importa o calibre da arma
Se o balázio é disparado
O drama pode acontecer.
E a bala pode ser
Perfurante ou derrubante
O que a faz despoletar?
As palavras
Um gesto
Uma atitude
Uma decisão.
Não era eu o alvo escolhido
Mas quando a bala faz ricochete
Posso bem ser atingido
Posso até morrer.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Falta de brilho

Para mim…
O céu é sempre brilhante
Mantém um brilho constante
Vejo sem olhar
Sem precisar procurar
Brilha na imaginação

Com, ou sem sol de dia
Com estrelas de noite
Ou sem elas
Os olhos são as janelas
Que dão brilho na escuridão

Há estrelas no firmamento
Brilhando a cada momento
Mas em mim a escuridão não encerra
Brilham no céu precocemente
Fazendo escurecer a gente
Porque deviam brilhar na terra.