terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Quais os motivos de festa

Coisas há que acabam
Nunca sendo motivo de festa.

O adeus das despedidas
Ligações que se rompem
Planos que abortam
Alegrias que se esfumam
Esperanças perdidas
Vidas terminadas
Amizades rompidas
E outras coisas tais
Pouco são festejadas.

No adeus ao fim do ano
As festas são evidentes
A euforia das gentes
Afoga-se em gasosas borbulhas
Pode até ser um engano
Mas enquanto saltam as rolhas
Entorpecem as nossas mentes
Trepa o calor à testa
Na saudação ao ano novo
E enquanto dura esse fogo
Faça o povo uma festa
E quando nascer novo dia
A ressaca provoca anemia
E para alegria sentir
Se passa o tempo a dormir
Nunca o que se há sonhado
Fará encarar o futuro
Voltando a viver o passado.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Desejos

Pensando refletia
Se a paz que neste dia
A todos nos desejamos
Mais que o simples dizer
Se pudesse ela entender
Mostrando que nos amamos.

Festas felizes são o desejo
Transmitido no abraço ou no beijo
Que se dá em saudação
Não façamos disso um engano
Mas tenhamos todo o ano
Presente essa intenção.

Para Natal acontecer
Deixemos Jesus nascer
Aceitemos esta dádiva querida
Sempre a todo o instante
Sendo o amor o garante
E guia na nossa vida.






                                                                                                                                 Natal 2013

sábado, 14 de dezembro de 2013

Rejeição

Ao longe era um pequeno ponto
Pouco se distinguia mas já se via.

De todos era o assunto
Podia ser a alegria mas quem o queria?

Persistir na amarga tristeza
Era pura teimosia ou seria apenas mania?

Apostar na firme certeza
Que a novidade trazia causava alergia.

Quanto mais se aproximava
Mais o ponto crescia e mais medo fazia.

Podia ser a salvação
Fazendo uma razia por isso se temia.

O que ao longe era um pequeno ponto
Ao perto e com grande apronto
Chegou e fez o que queria.

Trazer ao mundo inquietação
Na procura da razão
Num viver de alma vazia.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O Fausto

Pelo nome se faz notado.
Opulento e de vaidade inchado
Anda por todo o lado
Como se o mundo lhe fosse pertença
Uns dizem ser de nascença
Outros que lhe foi crescendo
Faustoso nada temendo
Avança e faz furor
Investindo em tudo o que mexe
Ai daquele que se queixe
Ou lhe seja opositor.

O Fausto sempre se fez grande
Querendo parecer o Faustino
Ao Fausto falta-lhe o tino
Para ao nome fazer jus
E se a vida fica uma teia
Esconde a cabeça na areia
O Fausto faz de avestruz.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Onde estás?


Pergunta aquele que espera
E prepara a grande chegada
Porque sabe não ser quimera

Na caminhada que faz
Nas veredas endireitando
O coração busca a Luz
Naquele que vai chegando

Advento é preparação
Para a vinda do Senhor
O nascimento é sempre festa
Se o Natal for amor

Vem Senhor Jesus.

Sê minha força e alento
Que eu quero neste Advento
Preparar Tua vinda triunfal
E de alegria cantar
Pois só quem sabe esperar
Vive feliz o Natal.