sexta-feira, 14 de julho de 2017

Vida como intervalo

“Nascemos sem pedir, e morremos sem querer. Temos que aproveitar o intervalo”.

Esta frase lida e refletida, levou-me a concluir que a vida não é bem um hiato, nem pausa, será um intervalo muito trabalhado.
Trazendo a palavra intervalo para uma ligação ao desporto de competição, ele será além de tempo de reflexão, tempo também para refazer a forma de encarar o que virá a seguir, no caso de não estar bem no desempenho do meu objetivo.
Pode ser ainda tempo para incentivar a uma continuidade, se me portei de maneira a poder sair vencedor da contenda.
Nascimento.
Vida.
Morte.
Nascer sem pedir.
Mas nasci; por isso vivo, e agradeço a vida.
Estou no intervalo.
Na vida.
Até chegar o fim.
Se durante o intervalo conseguir estar recetivo aos conselhos, às palavras sábias, às táticas e planos que vêm daquele que escolhi como treinador, o intervalo vai ser otimo para alcançar no fim a vitória.
E depois do intervalo.
Da vida.
Terei razões para festejar, e nunca para a chorar.
Porque se aproveitar bem o intervalo, farei por certo uma boa segunda parte.

sábado, 8 de julho de 2017

Banquete é para todos

A mesa está posta
A sala iluminada
Faltam os convidados
Destes alguns poucos
Marcaram presença
Tanta fome apregoada
Tanta tristeza estampada
Tanta ausência notada
Não foi feita selecção
Quem chegasse era acolhido
A porta estava escancarada
Quem chegasse tinha lugar
A festa foi preparada
Quem chegasse podia comer
E tanta comida estragada
Esperar é a solução
Até o dia findar
Até as mesas recolher
Até a luz apagar
Até a porta fechar.
Os convidados que viram
Saíram com fome de mais
De sorrisos saciados
Dos alimentos partilhados
Com ânsia de novo banquete
Desde sempre anunciado.