segunda-feira, 30 de julho de 2012

Portas que se abrem

Senti uma aragem fria
Mas o tempo que fazia
Nunca o fazia prever
O sol a pino tudo assava
E se o vento não soprava
Que me fez estremecer?

 Para que o cérebro não embruteça
Nem levanto minha cabeça
Mas célere a conclusão surgiu
Tantas saídas sem entradas
Com janelas escancaradas
Mais uma porta se abriu.

 Em cada porta um milagre
Provado o fel e vinagre
Entrar será salvação?
Para mim não, fico de fora
A vantagem por agora
É resistir ao empurrão.

 Encosto portas sem barulho
Fecho janelas ao orgulho
Que sentir eu poderia
Para não me deixar vencer
Teimarei sempre em viver
Resguardado da aragem fria.

Sem comentários:

Enviar um comentário