Por vezes fujo, mas não de medo
Fujo do degredo que é o enredo
Em que nos enleamos
Por medo não, por convicção
Procurando solução
Por forma a nos respeitar-mos.
Medo? Nem da morte
Nem da sorte que me bafeja
Estremeço sim de raiva
Por ver a miséria em que o homem rasteja.
Medo? Nem da dor
Que para mim é motor crisol na vida
Vacilo sim, até cair
Por ver e sentir tanta gente vencida.
Medo? Nem da guerra
Que abala a terra e nos faz sofrer
Quando o amor for a arma
O homem desarma e feliz vai ser.
Medo nunca, nem desta vida louca
Nem da coisa pouca que me faz sofrer
Sucumbo sim, à hipocrisia
Que me tira a alegria…
Mas de medo não hei-de morrer.
Sempre de pé, como as árvores. Obrigada pelo exemplo!
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