Há outro calor que mais gosto
O do conforto interior
Não o calor do tempo
Este inferno imaginado
Que me deixa derrotado
Destruído fisicamente
Como casa depois de um tornado
O suor no rosto é sangue salgado
Que me encharca e deixa toldado
Que me ofusca
o pensamento e tisna a pele
Até quando esta luta
Entre o querer e não poder
Entre o estar e não ser
Existir e saber morrer
E sem fazer por merecer
Ficar
Permanecer
Ter a porta aberta e não sair
Ter a mala feita e não partir
Porque a etapa não terminou
E o tempo que me ficou
Mesmo com calor infernal
É de viver e não fugir.
Sem comentários:
Enviar um comentário