quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Há alturasde tudo

 

 

Por vezes dá-me vontade de desmontar a tenda

E despir-me ficando nu de tudo

Caminhar à chuva e dançar como louco

A música que sou obrigado a ouvir, mas nunca aprendi.

Fugir dos obstáculos que sempre me dispus a enfrentar

Não por falta das forças físicas

Mas farto de levar porrada quando os enfrento

Martelado por perguntas a que nunca respondi

Por medo do que fica para lá da resposta

Tornando-me vítima da minha própria arma

Ainda caminho, mas com metas cada vez mais curtas

Não vá ser vencido pelo cansaço e ficar a meio

Como a luz mortiça de candeia que se vai apagando

E não estar desperto para o senhor que chega

Porque o fim pode ser um ampliar da vida

Por isso a vontade de desmontar a tenda.

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