Geração Oprimida

 

 

Uma das coisas incontestáveis dos nossos dias, no mundo em que vivemos, é a desorientação de muitos pais no que respeita á educação dos filhos.

Alguns desses pais desabafam mostrando o seu desagrado pelo rumo de vida tomado por estes.

Quantos esforços para deixar aos filhos uma boa lembrança, um bom exemplo, e vivem no medo de o não conseguir porque dizem, “aos jovens poucas coisas interessam que não sejam os seus caprichos e os seus egoísmos.”

Sob o ponto de vista religioso temos dito:

-Não interessa rezar isso é para velhos, a missa é uma chatice, os padres são assim e assado, etc.

Sob o ponto de vista moral acham que tudo lhes é permitido, as relações sexuais no namoro ou mesmo sem namorar são normalíssimas, dizem ser um facto biológico, e quem não concorda essa conduta é que esta ultrapassado.

Os pais queixam-se que os filhos vivem cada vez mais distantes deles e não sabem que fazer. O que estes filhos esperam dos pais é a mesada semanal, se bem que não façam nem a própria cama.

Falam o menos possível com os pais, tomam banho diariamente e querem sempre boa roupa. Saem todas as noites chegam a casa tardíssimo, dormem até às tantas, querem comidinha sempre pronta, e que ninguém os chateie.

Os pais trabalham que se matam, e eles pachorrentos ficam com os pés em cima da mesa vendo televisão ou jogando no computador.

Na escola repetem anos seguidos porque os livros, os professores, os padres, os pais, a vida, é tudo uma merda (desculpem a expressão, mas também é assim que eles dizem).

Com tudo isto, penso que a nossa geração foi oprimida pelos pais e agora está a ser oprimida pelos filhos.

Aplicar isto a todos os jovens seria uma grande injustiça, mas não reconhecer que ele representa uma alta percentagem seria uma ingenuidade.

Porque acontece isto? Qual a sua origem?

Se calhar apelar aos pais que consultem as suas consciências e verem se no princípio não os apaparicaram em demasia dando-lhe tudo o que os “meninos queriam.”

Facto é que muitos pais vivem hoje oprimidos. Já não bastavam as políticas, o trabalho, toda uma vida que se não consegue viver, ainda “alimentam” estes opressores caseiros.