Prisioneiro nas grilhetas por mim forjadas
Na escuridão das trevas que teimo em criar
Ao aperto do coração por decisões tomadas
No caminho não feito por não avançar
Fossos e valas são separação
Que se enroscam na alma prisioneira
Torturam e ferem pela distância
Tolhendo a vida razão primeira
De coração algemado no aperto do peito
Num labirinto de paredes por escalar
Encerro-me em clausura abafando o grito
Duma revolta que faz por ficar
Se derrubar os muros por mim erigidos
As barreiras que impedem um bom viver
Vou firmando raízes no solo que sou
Na resistência à tempestade que faz doer
Mas hei-de soltar-me mesmo em ferida
Abrir as portadas para a luz entrar
Respirar fundo oxigenar a vida
Despir-me das lamúrias e continuar.
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