sábado, 12 de dezembro de 2020

Era uma vez o Natal

 

O Natal vem sempre não há engano

Se mal vivi o meu quotidiano

O Natal é mais um caso profano

Não deixando de ser o espelho do ano.

Fazer de conta é sempre fingir

Dizer que sim, mas não querer ir

Ou então faltar para não mentir

Se marca presença logo vai fugir.

Para quê forçar se não sente nada

Nada faz sentido numa impostura pegada

De contradição numa ceia forçada

Como fica a família nesta caldeirada.

O que era alegria é hoje obrigação

O que era encontro é agora encontrão

Para haver a festa bastava união

Cada vez faz mais frio no que foi comunhão.

Será que custa ser honesto e leal

Conseguir discernir quando causo mal

Ganhar consciência do mundo real

E fazer da família a essência do Natal.

O calor da fogueira não dá para aquecer

Enquanto o coração de gelo permanecer

Um Natal sem amor mais vale esquecer

Até conseguir deixar Jesus nascer.

 

 

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