sábado, 19 de janeiro de 2019

Era uma vez o natal

O Natal vem sempre não há engano
Se mal vivi o quotidiano
O Natal será mais um caso profano
Não deixando de ser o espelho do ano.
Fazer de conta é sempre fingir
Dizer que sim mas não querer ir
Ou então faltar para não mentir
Se marca presença logo vai fugir.
Para quê forçar se não sente nada
Nada faz sentido numa impostura pegada
De contradição numa ceia forçada
Como fica a família nesta caldeirada.
O que era alegria é hoje obrigação
O que era encontro é agora encontrão
Para haver a festa bastava união
Cada vez faz mais frio no que foi comunhão.
Será que custa ser honesto e leal
Conseguir discernir quando causo mal
Ganhar consciência do mundo real
E fazer da família a essência do Natal.
O calor da fogueira não dá para aquecer
Enquanto o coração de gelo permanecer
Um Natal sem amor mais vale esquecer
Até conseguir deixar Jesus nascer.

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