sexta-feira, 5 de julho de 2013

A marca que marca

Senta-te a um cantinho
Não estorves
Sai do sol
Tem cuidado com o frio
Não faças esforços
Não faças loucuras
Ainda estás fraco.
Pois… Como se me esquecesse do que tenho
Como se me esquecesse do que não tenho
Como se precisa-se de despertador
Quem vive sempre acordado
Um passo
Em falso
Nem precisa ser
Desequilíbrio
Mesmo que não aconteça…
Cuidado não caias
É melhor descansares
Descansar sem estar cansado
Cansar nada fazendo
A não ser… viver e esperar
Esperar e ouvir
Daqui, dali e dacolá
Ouvir sempre, porque…
Quem avisa amigo é
Por vezes os amigos nem avisam
Às vezes os avisos não são amigos.
O bom aspecto de agora, falado como circunstancia
Deve contrastar com o de facínora de antes
Como se alguém fosse culpado de ser apanhado
Por esta doença
Doença da moda
Doença de merda
Que nos põe na espinha em dois tempos
Que em dois tempos nos verga pela espinha
Até ficarmos hirtos
Direitos de mãos cruzadas
Com um terço entre elas
Como se algum dia nos tivesse-mos metido nessas contas
Nas contas do terço
E nessa altura
Nem um terço das contas feitas nos resolve o problema
Se é que a morte o é
Problema
Senta-te a um cantinho
Não estorves
Sai do sol.

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