quarta-feira, 16 de maio de 2012

Realidade Sonhada

Sonhar enquanto se dorme não é sinónimo
De um noite mal dormida
Se nessa utopia houver vida
O sonho não fica anónimo

É rubricado com legível assinatura
Antecipação do dia que surge
Uma vantagem que urge
A quem dorme para acordar
Encetando nova batalha
Que mesmo sabendo ser dura
Entra nela para ganhar

Dormia e acordava e o sonho lá estava
Era uma ponte, sempre a mesma ponte
Novamente dormia e a ponte aparecia
Postado do lado de cá não lhe conseguia ver o fim
Por baixo dela o que passava não sei
Era invisível para mim.


O passo em frente sinal de avanço
O fio do medo que prende, estica mas não cede
A tesoura do arrojo esperançado actua
A decisão não mede
Que importa o fim da ponte
Atravessa-la será a verdade nua e crua

Será penoso deserto, verdes prados para acampar?
Se tudo tenho como certo, não acampo no deserto
Porque o oásis há-de chegar.

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