sábado, 16 de julho de 2022

 

Metáfora dos três dias de festa

 

Fui convidado para a festa.

O noivo não é cigano, mas quando me convidou, fez questão de me avisar que a festa ia durar três dias.

No primeiro dia, quando cheguei ao local da festa esta já tinha começado e os lugares mais perto do noivo já estavam ocupados, o que não deixa de ser natural. (quem tarde chegar, pode não ter lugar)

Fui ficando do lado de fora e conversando com alguns dos visitantes que não faziam parte do staff de convidados.

No segundo dia não me apresentei na festa, (como não tive lugar no dia anterior) … não sei se deram pela minha ausência, (também sou tão insignificante) por isso estava também resolvido a não ir no terceiro e último dia, mas, entretanto, o noivo deu pela minha ausência, já era menor o frenesim, alguns convidados por motivos vários e válidos ausentaram-se, o que deixou o noivo menos preocupado com a azáfama anterior, e disse necessitar da minha presença. Acorri à chamada, não querendo ser inconveniente e mau amigo: conversamos um pouco querendo ele saber o porquê da minha retirada de cena. Satisfeita a sua curiosidade fui ficando até os lugares na festa serem de novo ocupados pelos convidados da primeira hora. Festa acabada, parecendo tudo ter corrido bem.

Não sei se depois do tempo de núpcias quando o noivo fizer o balanço do acontecimento, ficará com vontade de fazer uma outra qualquer festa, tendo coragem para convidar, quem não faz papel de convidado.

 

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