sábado, 2 de julho de 2022

Aos poucos se definha e morre

 

 

Quando nasceu foi uma alegria.

Lindo, forte e saudável, e o futuro previa-se que fosse duradoiro.

Tinha muitos amigos que eram a família, e sem ser preciso convite, iam uma vez por ano à sua festa.

Eu lidei com ele desde muito novo, e marcava sempre presença. (Quinta das lágrimas Coimbra. Monte Senhora da assunção Santo Tirso. Passionistas na Feira. Quinta do Seminário de Cucujães. Souto Rio Águeda. Esmoriz. Etc etc etc.)

Com o decorrer dos anos e com outros motivos aliciantes para alguns dos amigos, o número de presenças foi reduzindo.

Já que o argumento era haver outros compromissos, começou a ter um dia marcado previamente para que todos pudéssemos saber e não marcar outros afazeres para a altura.

De nada valeu, cada vez eramos menos, e já se pensava em algo modificar para revitalizar a festa.

Como sofria, entretanto, de alguma enfermidade, tudo piorou nos anos 2020 e 2021.

Paramos como outras atividades de grupo, por causa do COVID, e, entretanto, deve ter morrido porque nunca mais ouvi falar dele.

A merda desta “virose” foi pretexto para muita coisa, e para esta morte também.

A festa era feita uns anos a esta parte, no 1º Domingo de Julho, e como este ano não houve preparação para a dita festa… eu nunca abordei o assunto, os outros que costumavam estar na linha da frente também não o fizeram; se calhar nem se lembram já dele.

Por isso como hoje é o primeiro Domingo de Julho, peço uma oração pela alma do Convívio Paroquial.

E por favor não venham com desculpas esfarrapadas, porque eu sei quem esteve sempre com ele, e sei quem mesmo doente ia à festa do dito defunto.

 

 

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