Abrigado na casa onde moro
Olho pelos vidros a tarde cinzenta de janeiro
A chuva que escorre pelos vidros
Lembra as vidas que fogem de mansinho mesmo ficando
As grossas gotas abrem sulcos que tardam em cicatrizar
A ausência da habitual chinfrineira da passarada
Soa no meu ouvido fruto de um querer só imaginado
A caminhada matinal não conseguida
Causa dor na sola dos pés
A ausência das gargalhadas infantis
Fazem frio mesmo que de abafos protegido
Serão isto necessidades?
Fará esta imagem mossa em alguém?
Eu sinto falta do “Sol” que gera alegria
Não convivo bem com o “Tempo” triste
Mas tenho plena consciência
Que cada vez são menos os que se interessam
Por quem se interessa por pequenas coisas.
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