sexta-feira, 21 de maio de 2021

A força da alegria, contra a fobia do medo

 

Ter a alegria como um valor é ter a certeza que um mundo sem alegria de pouco vale.

O contrário da alegria é a tristeza e ela é um contra-valor quando se opta por viver eternamente na tristeza. 

 O ter momentos em que somos invadidos pela tristeza, não faz de nós pessoas tristes.

Uma coisa são momentos tristes na vida, outra coisa é ser voluntariamente uma pessoa triste, que vive gemendo e chorando.

A tristeza entrou no mundo com Satanás. (Bernanos).

Se eu vivesse constantemente triste ia imediatamente confessar-me. (João Maria Vianney).

Se eu vivesse alegre só com o que de bom acontece no mundo, ou porque o que me rodeia é autêntica festa, andava muito tempo triste, mas a razão da minha alegria é interior, vem do íntimo e não do exterior.

Sou alegre não porque tenho dinheiro, saúde, amigos, mas porque sinto como é maravilhoso saborear cada manhã o dom de estar vivo.

Para o cristão a razão de ser desta alegria tem ainda uma motivação mais profunda: saber que são amados por Deus. 

Contra toda a prepotência dos senhores do mundo, e o vociferar violento das suas palavras que não me amedrontam, há uma força maior que me anima e me leva a rir daqueles que se riem de mim.

S. Paulo insistia com os cristãos do seu tempo: «Alegrai-vos sempre no Senhor. Mais uma vez vos digo: alegrai-vos» (Fil 4,4).

Cada pessoa deve irradiar a alegria de viver, alegria que faz tanta falta nesta sociedade onde há tanta gente carrancuda e mal-humorada.

A alegria que sinto não é uma atitude inconsciente perante os problemas, mas é uma forma de os saber encarar os assumir enquanto não resolvidos. 

As imperfeições que existem em mim, nas pessoas e no mundo não me podem roubar a alegria que sinto, porque as assumo como fazendo parte da condição de pessoas com limitações que vivem num mundo ainda mais limitado e sempre por acabar.

Viver na alegria não fechar os olhos a tanta tristeza que acontece no mundo.

Temos conhecimento de tudo através de todos os meios de comunicação ao nosso alcance, (jornais. rádio, telefone, TV., NET, …) mas estas situações não são suficientes para nos roubar a alegria. A tristeza desmobiliza, deixa as pessoas resignadas ante o mal e a lamentarem-se, a alegria, porém mobiliza. 

Se eu sou alegre sou o primeiro a empenhar-me para que todos vivam também alegres.

A alegria rima com utopia, a utopia real de sonhar que é possível um mundo melhor.

A festa acontecerá quando todos tiverem satisfeitas as necessidades básicas: a paz, o pão, habitação, saúde, educação, (como dizia o poeta), e porque mesmo assim há pessoas que nunca estão satisfeitas porque há sempre algo mais a fazer, a verdadeira alegria vai acontecer quando as pessoas se amarem e sentirem amadas, deste amor resultará a festa, uma alegria sem fim.

Viva a alegria, neste tempo que deve ser vivido na alegria da “Luz” que nos surge, para sabermos encarar os profetas da desgraça, e vencer as dificuldades que nos assolam.

 

 

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