A culpa nunca a atribuí a ninguém
Se alguma há, no que vai acontecendo
Ela, a culpa, é minha
A força manifestada
A vontade de caminhar
É meu empenho e decisão
A partir daí há coisas que descambam
Se mostro que posso, porque não faço?
Se digo que tenho porque não dou?
Pode nem parecer, mas tenho consciência da minha finitude
Posso nem mostrar, mas sei bem o que escondo
Quando por acaso um dia cair
Sei que terei quem me levante
Como me vou mantendo hirto e firme
O apoio nem sempre acontece
Vitimizar-me nunca foi opção
O estigma do coitadinho, dispenso
Mas por favor não empurrem
Porque posso desequilibrar-me
E eu faço gosto em manter-me ainda algum tempo de pé
Embora tenha consciência que se algo corre mal
Um homem até tropeça nas unhas dos pés.
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