sábado, 18 de julho de 2020

Mea Culpa

 

A culpa nunca a atribuí a ninguém

Se alguma há, no que vai acontecendo

Ela, a culpa, é minha

A força manifestada

A vontade de caminhar

É meu empenho e decisão

A partir daí há coisas que descambam

Se mostro que posso, porque não faço?

Se digo que tenho porque não dou?

Pode nem parecer, mas tenho consciência da minha finitude

Posso nem mostrar, mas sei bem o que escondo

Quando por acaso um dia cair

Sei que terei quem me levante

Como me vou mantendo hirto e firme

O apoio nem sempre acontece

Vitimizar-me nunca foi opção

O estigma do coitadinho, dispenso

Mas por favor não empurrem

Porque posso desequilibrar-me

E eu faço gosto em manter-me ainda algum tempo de pé

Embora tenha consciência que se algo corre mal

Um homem até tropeça nas unhas dos pés.

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