sexta-feira, 28 de março de 2014

O vento em pranto

Comodamente sentado diante de “Jesus escondido”
Num silêncio que era rezado e foi de repente rompido.

O vento parece querer entrar
Não sei se para rezar tal a violência do seu rugir
Numa escuta aturada
Sinto-o surgindo do nada e suas mágoas carpir.

São gritos dilacerantes
Vindos dos vários quadrantes.

Como arrepio que se sente
Angustiados lamentos de gente
Se confundem com o vento
E os que vivem no momento a dor da separação
Têm no vento um aliado
Que chora que nem desalmado
Num pranto em convulsão.

De repente volta o silêncio cortado
Num vento também sentido
E eu continuando sentado
Diante de “Jesus escondido”.

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