sábado, 25 de janeiro de 2014

O valor das pequenas coisas

O pequeno gesto por mim feito, pode ser pequena coisa, nada me custar, mas ter grande valor para o outro, quando essa pequena coisa o deixa feliz.
Estava longe de imaginar o episódio porque ia passar, quando saí de casa com a lista das tarefas para o exterior. O certo é que tocado por esse acontecimento a primeira das tarefas foi alterada, devido ao turbilhão que me ficou a bailar na cabeça, depois daquilo que designo de boa ação do dia.
Ia na rua conduzindo, quando vejo uma bola vermelha na berma da estrada contrária à frontaria da escola. Supondo ter vindo do interior dos muros escolares, resolvo parar para a devolver à procedência.
Não tinha ainda reparado na plateia pendurada no portão e empoleirada no muro, com os olhitos fitos na rua na ânsia da recuperação da bola, mas aos gritos de alegria dos mais pequenos enquanto me dirigia para o almejado esférico, fui obrigado a sorrir, porque nunca tinha sido tão ovacionado por coisa tão pouca e de simples feitura, (a meu ver, claro).
O facto de que a felicidade dos miúdos estava em terem a bola de volta, medi-a pelas suas palavras de agradecimento: --
Obrigado senhor.
O senhor vai ter uma recompensa.
O senhor é o senhor melhor do mundo.
Claro que também fiquei feliz, não por tamanho elogio, mas por saber ter contribuído para a alegria dos miúdos que me agradeceram com palavras de tal grandeza.
Não sou de certeza o senhor melhor do mundo, mas tenho a consciência plena, que posso sempre fazer algo pela felicidade dos outros.
Posso não ter possibilidades de ofertar grandes prendas.
No porta moedas bailarem à vontade umas pequenas moedas de cêntimo.
No carro a luz da reserva andar acesa pelo gasóleo estar no fim.
Mas posso sempre parar o carro, quando tenho a percessão que uma bola fora das paredes da escola, está a fazer falta a quem brinca com ela no interior.
Ao fazer isso, devolvendo-a ao recreio escolar, dá-se a felicidade aos “Eusébios e Ronaldos” que vão fintando na vida com uma bola vermelha, enquanto não crescem em idade, despertando aí para um mundo onde ninguém lhes passa bola.

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