Para mim que estou de fora é sempre mais fácil, mas deixa que te pergunte.
Porque não foges dessa casa em ruínas?
Porque não sacodes o bolor que se entranha no teu corpo?
Porque não abandonas as paredes bafientas que te humedecem a alma?
Porque não paras e te perguntas se é vida o que vives?
Gostas do que tens?
O que tens dá-te vida?
Há prisões em que as grades são bem mais flexíveis, e as saídas precárias mais livres que a tua liberdade.
O que te pode ligar a alguém quando o respeito não existe?
Quando o azedo fel destilado é a única comunicação?
A constatação destas não vidas causam-me enorme tristeza
As ofensas verbais são afiadas facas que ferem e mutilam
Agridem sem confronto físico
Mas a dor da chicotada linguística magoa mais que forte paulada
O que te obriga a uma ligação assim que a não possas cortar?
Não morras aos poucos
Há muito mais vida para além desse triste viver.
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