E quando só
Na penumbra por mim gerada
Saem dos meus lábios pedaços de poesia
Numa prece de louvor e graças
Meus pensamentos vencem a noite
Atravessando os pântanos em que me atolei
Enfrentando os perigos continuo-o a viagem
De quando em quando a paragem é necessária
Aí espreito por cima do muro
Da minha debilidade física
E dou de frente com esse mundo impessoal
Que vocifera tagarelice desconexa
Tornando a brisa em forte rajada
Quase derrubando a isolada árvore
Desprotegida no descampado
E a ave que poisava num ramo
Lança-se em desenfreado voo sem rumo.
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