segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Esperança mexida

É mexendo a polpa do fruto
Que borbulha no taxo fervendo ao fogo
Adicionando o necessário açúcar
Que se consegue a marmelada esperada
Doce e compacta. Se não mexer queima
E o resultado esperado já era.
Poderá ainda ferver-se as cascas
Mas o fim esperado ficará aquém
E a esperança posta no conteúdo
Nunca dará marmelada.
Esperar mexendo
Esperar fazendo caminho
Caminhando a espera é menos penosa
Dói muito mais fervendo só a casca
Metendo tudo na panela
Pode esperar-se algo doce e bom
A marmelada da esperança
A esperança consolidada.
Se ferver no fogo
Se mexer sempre
Fica linda essa esperança.
Mesmo que não comida.
Mesmo que não conseguida.

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