domingo, 24 de junho de 2012

Falar de dor

Hoje falo de dor
A dor que não digo mas sinto
A dor que mirra e queima
A dor que corrói a dor absinto
A dor do querer e não poder
A dor do ver e não fazer
A dor da impotência da resignação
A dor das lágrimas salgadas
A dor das faces molhadas
A dor do aperto na coração
A dor da voz embargada
Do grito surdo retraído na garganta
A dor soluçante na alma cravada
A dor que dói mas não mata
A dor que impele e estimula
A dor que nem tudo arrebata
A dor forte e cortante que não anula
A dor sofrimento atroz
A dor rouca que grita calada
A dor de não ter recurso
A dor de consciente saber
Daquilo sou… nada.

1 comentário:

  1. É muito bom, que tenhamos presente a realidade da vida, com tudo que a compõe (fragilidades, sucessos, etc.), por isso devemos valorizar cada minuto, cada segundo, com empenho positivo quer em família, quer em comunidade.
    Obrigado pelo testemunho.
    Um abraço para ti, amigo
    Zacarias
    Armando.guedes@cic.pt

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