quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Despertador avariado

 

 

Todos estamos sujeitos

Tudo tem o seu tempo, e este

Trabalhou muitos anos na perfeição

Há algum tempo a esta parte, destrambelhou.

Toca a despertar a qualquer hora

Quando de dia, menos mal

Se durante a noite, é uma calamidade

O sobressalto é uma realidade

E já não há botão que o desligue

A ida ao relojoeiro de pouco valeu

Abri-lo e tentar o arranjo, fora de questão

A lixeira também não é opção

E no eco ponto não há o velhão

O valor estimativo, e o tempo em que nos orientou

Dão-lhe o direito a continuar no seu lugar

Disparando o alarme a todo o instante

Mantém-nos em alerta constante

Até a corda partir

Ou a carga falir

E ele de vez parar.

 

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