Foi à custa de um fraco braço
Que me guindei à paliçada
Mas sempre usei de férrea vontade
Para não viver no nada
Se mesmo sofrendo me rio
De quem se ri do meu sofrer
No ser fraco é que sou forte
E queria sempre assim ser.
Olhar para trás sem rodar a cabeça
É forma de ver o futuro
Fechar os olhos para ver a luz
É avançar pelo seguro
O apoio surge do nada
Como milagre celestial
O caminho fica mais fácil
Se a batalha for contra o mal
Não é fraqueza no querer
Nem por falta de razão
Que me desvio a tempo
Do caminho da solidão
Gosto de me perder no tempo
E no silêncio vaguear
Girando na vida que gira
E me conduz ao meu lugar
Nem sempre tenho razão
Mas se por acaso ela me assiste
Guardo sem fazer alarde
E a razão não resiste
Espero melhor momento
E quando ele chegar
Com tranquila razão
Não me cansarei de esperar
Quem espera sempre alcança
Por isso hei-de alcançar
Se alguém da vida se cansa
É porque não sabe esperar
Esperei com férrea vontade
E hoje vivo do nada
Mesmo com fraco braço
Me guindei à paliçada
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