quarta-feira, 19 de junho de 2019

Tenho cancro sim. E depois?

Vieste de mansinho e entraste
Alojaste-te sem permissão
A tua presença não desejada
Foi motivo de preocupação.
De mangas arregaçadas
E olhar fito no futuro
Galguei barreiras nunca esperadas
Quando frágil me fiz duro.
Indesejado inquilino que eras
Avancei até seres processado
Ganhei a questão sem recurso
Um dia foste despejado.
Deixaste os sinais com que vivo
A casa jamais foi igual
As paredes continuam ao alto
Os alicerces suportam o que é mal.
Vieste mansinho e ficaste
Mas nesta disputa a dois
Avanço firme no caminho
Tenho cancro sim. E depois?

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