sábado, 23 de agosto de 2014

No cume

No alto daquela serra
Encontrei uma roseira
O mato no cume nasce
A rosa no cume cheira

Ao subir a linda serra
Vê-se o cume aparecer
Mas quando a gente desce
Nem o cume vê sequer

Quando cai a chuva grossa
A água do cume desce
O orvalho no cume brilha
O mato no cume cresce

Quando cai a chuva fina
Salpicos do cume caem
Abelhas no cume entram
Lagartos do cume saem

E logo que a chuva cessa
Ao cume volta a alegria
Pois volta a brilhar depressa
O sol que no cume ardia

À hora do entardecer
Tudo no cume escurece
Pirilampos no cume brilham
Estrelas no cume aparecem

E quando chega o Verão
E tudo no cume seca
O vento no cume limpa
E o cume fica careca

E quando chega o Inverno
A neve no cume cai
O cume fica tapado
E ninguém ao cume vai.

(Autor desconhecido)

Sem comentários:

Enviar um comentário