sexta-feira, 12 de abril de 2013

Se de um lado chove...

A primavera chegou chorando
É água por todo o lado
Agacho-me
Resguardo-me
Mesmo fugindo da chuva
Acabo sempre molhado.
Se de um lado chove
Do outro vem temporal
Escondo-me
Esgueiro-me
Quando me julgo salvaguardado
Há algo que me desnuda
Acabo sempre molhado.
Busquei o quente conforto
Do interior que me rege
E sempre me tem guiado
Calei
Escutando o silêncio
Pensei
Aí estar a salvo
Mesmo assim fiquei molhado.
Com o calor do querer
Sequei a roupa no “pelo”
Que a chuva tinha molhado
Entrego-me
Imolo-me
No fogo que faz o amor
E da chuva me tem livrado.

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