sábado, 27 de abril de 2013

A crise não desculpa tudo

Tenho tentado poupar
Já nem como para não defecar
Porque dizem que trampa é dinheiro
Vou guarda-la bem guardada
Até ficar com a barriga inchada
Fazer do cu um mealheiro.

 Por muitos sou censurado
Já olham para mim de lado
A qualquer local onde vá
Só porque evito comprar
Fugindo assim a gastar
Aquele pouco que há.

Nas decisões que tomei
Os benefícios são meus, eu sei
Mas baralham muita gente
No café ao pequeno-almoço
O leite vem de casa no bolso
Só quero a mesa e chávena quente

Porque o barbeiro é meu amigo
A máquina já vai comigo
E o pente na algibeira
Para o cabelo cortar
Só preciso de ocupar
O espelho e a cadeira.

O poupar é minha sina
Há quem me chame sovina
Mas o proveito é só meu
De hora a hora Deus melhora
Nunca gastes lá por fora
O pouco que a vida te deu.

Sem comentários:

Enviar um comentário