domingo, 9 de setembro de 2012

O comboio em andamento

Não silvou o apito
Nem foi levantada a bandeira
Mas teve início a viagem.
Tendo entrado no comboio
Tomei o meu lugar
Não de forma muito cómoda
Pois sabendo o dia do começo
Desconhecia por completo o dia de chegada.
Entretanto… pouca terra, pouca terra, pouca terra.
Muito lentamente rodando nos carris
Avança o comboio da vida.
Há apeadeiros que não são de paragem obrigatória
Já nas estações a paragem é ilimitada
Dá para conhecer bem o lugar
Fazer amizade com as pessoas
Contar da minha viagem
Do local de partida
E imaginar qual o fim da linha.
Neste comboio instalado
Sou maquinista e revisor
Eu sou quem limita a velocidade
Quem faz soar o apito com maior ou menor ruído
Mas quando apeado numa estação
Novas experiências, novos contactos
Até entrar de novo na linha.
Refaço a minha bagagem
Não nas malas de que abdiquei
Mas na minha disposição Espiritual
E tomo de novo o comboio.

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