Porque não me calo
Falar sobre aquilo que não sei
É mergulhar no lodo
Atulhar-me no ridículo da minha ignorância
Falar pensando que sei
Abrir a goela e vociferar
A fazer alarde da minha prepotência
No meu dizer arrogante
Nem noto que o outro apenas me suporta
Acordar urge
Para tomar consciência do pouco que valho
Não será por muito berrar que serei ouvido
Se calhar só ferirei os tímpanos
Porque não me calo?
Calo do verbo calar
Não o da pele endurecida
Essa entrou-me no cérebro
Sendo entrave ao meu pensar.
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