segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Ningué está a salvo


Esta guerra surda, mas bem audível, do homem contra o vírus, traz-me à memória a rábula do grande Raul Solnado, na guerra de mil e novecentos e troca o passo.

“Vocês atacam às segundas quartas e sextas, e nós às terças quintas e sábados. Ao domingo fechamos a guerra porque o pessoal precisa de descansar.”

Hoje a guerra é com um inimigo invisível, que ataca por todos os lados, mata sem distinção de raças ou cor de pele, mas que aqui em Portugal, nos vai dando algumas tréguas, e quem nos comanda, sabe as horas a que o inimigo ataca.

Exemplo: Durante os dias de semana pode-se ir para o trabalho, para a escola, fazer compras etc, que não há problema. O Covid recebe o rendimento mínimo e dorme todo o dia, só sai a partir das onze, e aí, ai de quem ele apanhar.

Já aos fins de semana, só dorme até às treze. Por isso os ataques ao fim de semana são mais perigosos porque mais duradoiros.

O vírus durante os dias de trabalho é vampiro, ao fim de semana vadio.

“Está lá? É do inimigo?.

 

 

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