domingo, 19 de agosto de 2018

Vivendo como a vida é

Como nómada
Numa tenda
Vejo chegar a noite
Noite términus do dia
Não a escuridão
Não o negro do coração.
O buliço do dia dá lugar à calma
A calma repousante
Que convida à reflexão
A noite silenciosa
Que permite ouvir a corrente suave do rio
Esguia e apressada por entre pedras
A correr sem vacilar
Fazendo caminho que ninguém vai mudar
Deserto gratificante
Que fortifica e leva à paz
Mostrando a forma capaz
De algo fazer sem barulho
Sem alardes nem pompa
Sem esperar o convite
Missão que sendo aceite
Deve ser realizada
Mesmo gastando a vida
Não esperando contrapartida
Mesmo no fim da jornada.

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