sexta-feira, 1 de junho de 2018

Reviver a infancia

Porque agora sei haver o dia da criança
Recuo no tempo e revivo
Descubro raízes
Avivo a memória
Da criança que foi e não era
Da criança que era e não fui
As brincadeiras ao ar livre
O chamar da mãe que não era ruim
O chamar do pai já trazia consequenciais
As traquinices que sempre valiam ralhete
O correr descalço sem metas limitadas
Os amigos de escola
Os vizinhos sempre de porta aberta
O amor dispensado
O carinho de um lar amigo
Nomes nunca esquecidos
Os esconderijos no pinhal
Os castelos feitos de nada
Uma meninice recordada com alegria
Os brinquedos inventados
O valor dado a pequenas coisas
Grandes feitos em mente de criança
Grandes façanhas sendo criança
Ser criança sem saber o seu valor
Viver de criança sempre com tarefas marcadas
O recolher da lenha para o fogão e forno
O pasto para os coelhos que se criavam
O recolher o estrume para a terra
Ajudar no amanho da mesma
A alegria do dia da catequese
Os sapatos estreados na Comunhão Solene
Tantas dificuldades vividas
Quantas alegrias partilhadas
A felicidade conquistada em tudo o que se fazia
Quanta diferença para os tempos de hoje.

Sem comentários:

Enviar um comentário