sábado, 29 de abril de 2017

E se a vida fosse o mar

Quantos se salvariam?
Para quem como eu
Que nunca soube nadar
Para quê querer mergulhar
Porquê do mar tanto gostar
Se navegar não sei
A que vem esta tentação
Este desejo premente
De no mar fazer habitação
Dormir na espuma da onda
Repousar na lodosa rocha
Na água me sentir presente
O leme que sempre mantive
Da barca é o guião
De um porto que não sei qual
Tão pouco do tempo de viagem
Nem certeza na direção
Do nascimento a minha praia
Já vou perdendo de vista
Ainda assim
Mesmo sem saber nadar
Não me reterei na margem.

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