sexta-feira, 15 de julho de 2016

Sinais do corpo

«Segunda-feira 11 de Julho
No átrio do infantário frequentado pelas netas
Com os pertences na mão a Leonor e a Luísa
De olhar muito sério mas calmo
Fitam-me de alto a baixo, encostando-se nas minhas pernas.
Diz a Leonor:
- Tu ontem foste à feirinha.
Queria ela dizer:
 - Tu ontem pregaste-nos um grande susto.
A Luísa a cada palavra dizia que sim acenando com a cabeça.
Dei-lhes um beijo, tocado pela preocupação.
Meninas maravilhosas.
Explicando-me foi-lhes dizendo.
Foi uma indisposição passageira.
Já passou.
A Leonor, do alto dos seus 5 anos continuou.
- Sabes avô, a mamã diz que: “O nosso corpo dá sinais quando não está bem”
Muito bem disse eu, é isso mesmo.»
Perfeito para explicar o acontecido

É isso são sinais
E o meu corpo vai dando alguns
Aqueles que entendo contorno
Mesmo sendo só de perigo
Outros são de obrigação
Há sinais que nos mandam ao chão
Por sorte ainda não havia buraco
E deu para continuar a circular
Com velocidade limitada
Até o próximo susto.

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