sábado, 30 de janeiro de 2016

Vigiar

Quando penso em vigia
Nunca lembro o dia
Só a noite vem à ideia
Num mundo de portas fechadas
De janelas aferrolhadas
É o medo tecendo a teia.

O alarme accionado
O espaço todo vedado
A vigilância a cargo de outrem
Porque neste momento
A certeza do meu pensamento
É que não entra ninguém.

Mas há sempre aquele ladrão
Que não pede autorização
E a toda a hora salta
Mesmo com a porta fechada
Tendo a janela vedada
Pela parede mais alta.

Entra sem pedir licença
Nem sequer precisa de avença
Vindo do sul ou do norte
Quando menos se esperar
Ele acaba por entrar
O ladrão vestido de morte.

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