Que esperar se ela me foge
Que fazer se a não tenho
Aguentá-la e carregá-la
Pira escaldante ardente lenho.
Das fraquezas faço força
Persisto e vou avançando
Num casco por marés gasto
Nas rotas que vou tomando.
Vem o vento aperta o frio
Acerca-se a tempestade
Não fora um brilhante ponto
Negra noite era a realidade.
Nos portos que vou acostando
Amarras débeis são segurança
Que me fazem ver na praia
Vestígios de alguma bonança.
O timão é o meu guia
Nesta barca que a cada dia
É açoitada por mar alterado
No porto que eu atracar
Avançarei sem remar
No rumo por Deus traçado.
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