sábado, 17 de janeiro de 2015

Teimosos remos

Que esperar se ela me foge
Que fazer se a não tenho
Aguentá-la e carregá-la
Pira escaldante ardente lenho.

Das fraquezas faço força
Persisto e vou avançando
Num casco por marés gasto
Nas rotas que vou tomando.

 Vem o vento aperta o frio
Acerca-se a tempestade
Não fora um brilhante ponto
Negra noite era a realidade.

Nos portos que vou acostando
Amarras débeis são segurança
Que me fazem ver na praia
Vestígios de alguma bonança.

O timão é o meu guia
Nesta barca que a cada dia
É açoitada por mar alterado

No porto que eu atracar
Avançarei sem remar
No rumo por Deus traçado.

Sem comentários:

Enviar um comentário