Coisas há que acabam
Nunca sendo motivo de festa.
O adeus das despedidas
Ligações que se rompem
Planos que abortam
Alegrias que se esfumam
Esperanças perdidas
Vidas terminadas
Amizades rompidas
E outras coisas tais
Pouco são festejadas.
No adeus ao fim do ano
As festas são evidentes
A euforia das gentes
Afoga-se em gasosas borbulhas
Pode até ser um engano
Mas enquanto saltam as rolhas
Entorpecem as nossas mentes
Trepa o calor à testa
Na saudação ao ano novo
E enquanto dura esse fogo
Faça o povo uma festa
E quando nascer novo dia
A ressaca provoca anemia
E para alegria sentir
Se passa o tempo a dormir
Nunca o que se há sonhado
Fará encarar o futuro
Voltando a viver o passado.
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